Uma das maiores causas de infertilidade feminina, a endometriose pode causar cólica intensa, sangramento irregular e dor durante as relações. Descubra as principais características da doença.
- Como ocorre a endometriose? A cada 28 ou 30 dias, o endométrio – tecido que reveste a parte interna do útero – é eliminado por meio da menstruação. Por vezes, esse tecido não é eliminado totalmente do corpo, podendo ir para outros órgãos pélvicos (trompas, ovários, intestinos e bexiga), causando a endometriose.
- Quais os sintomas? É diferente em cada caso. Existem mulheres que sofrem com dores incapacitantes e outros que convivem com a doença sem qualquer desconforto. Dentre os sintomas, estão: cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais, dor na região pélvica, fadiga e exaustão, sangramento irregular ou intenso, alterações urinárias ou intestinais durante a menstruação, dificuldade para engravidar e infertilidade.
- Como é feito o diagnóstico? Geralmente, a endometriose é diagnosticada através de exames de imagem (ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética) associados a exames laboratoriais específicos. Por vezes, também pode ser solicitada a laparoscopia/laparotomia para visualização e biópsia das lesões.
- Quais são os tratamentos e cuidados recomendados? O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico e varia de acordo com o caso a ser avaliado pelo ginecologista. O tratamento cirúrgico pode ser indicado como etapa final aos exames de imagem para que os focos sejam removidos através da laparoscopia (menos invasivo) ou laparotomia. A laparoscopia envolve menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos órgãos acometidos pela doença. Já o tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de analgésicos para alivio das dores e também com contraceptivos específicos. Por se tratar de uma doença crônica, a endometriose requer acompanhamento contínuo.
- Mulheres com endometriose podem engravidar? A endometriose não é regra para a infertilidade. Muitas mulheres são portadoras da doença e conseguem engravidar da maneira tradicional. Tudo depende da gravidade da endometriose, comprometimento dos órgãos reprodutores e a idade da mulher. Em alguns casos, a fertilização in vitro é a melhor opção, sendo que o índice de sucesso pode chegar a 65%.
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Fontes: Gineco | Revista Crescer